23 de dez. de 2010

Fluxo do conhecimento

 Isto é uma universidade. Eu juro. É a Technische Universitat em Munique. Você se desloca com escorregadores pelos andares do prédio. Lembram da Bienal de 2008? Tate Modern? Podiam colocar um desses nos shoppings de São Paulo, para cair direto no térreo ou no estacionamento. Tem até vídeo, vejam só:

Papai Noel, velho satanista

Os fiéis da Westboro Baptista Church ficaram famosos pela frase "god hates fags". Já importunaram velórios de militares americanos e tentam proteger seus filhos (os deles, não os seus) desse mundo cruel e secular. A nova empreitada é essa paródia de "Santa Claus is coming to town" chamada espertamente de "Santa Claus will take you to hell". Sem mais a dizer.

Assange na MSNBC

Para os leitores interessados no WikiLeaks, muito interessante. Para os leitores jornalistas, obrigatório. Via Bruno Torturra.

22 de dez. de 2010

Ciência para todos


OK, não é bem de ciência que o Engineer Guy está falando neste vídeo, mas tudo bem. Ele explica o porquê da nossa fila no caixa sempre ser (ou parecer) a mais lenta, usando noções de telefonia e probabilidade! Sério, é por isso que eu adoro os americanos, com eles, tudo vira uma explicação razoável. Invista na paciência, então, e boas compras de Natal:

21 de dez. de 2010

Pior que tá, fica

Quem se lembra do movimento Cansei? Aquele grupo de pessoas apartidárias, sem interesses particulares que se "revoltou" contra a sujeira do política e não durou mais do que alguns suspiros e spots comerciais espertinhos? Bom, parece que João Dória Jr. está fazendo escola nos EUA.

We believe hyper-partisanship is destroying our politics and paralyzing our ability to govern.

O movimento No Labels parece querer pegar carona na desilusão causada pelo governo Obama e agrupar pessoas de todos os cantinhos do espectro político americano. Sim, porque Obama não fez a revolução dos sonhos nem conseguiu magicamente fazer desaparecer os rombos deixados por George W. Bush (a lembrança do Lula de 2005 não é mera coincidência).

We must put our labels aside, and put the issues and what’s best for the nation first.

Tudo lindo até aí, a coisa complica quando você dá uma rápida zapeada pelo site deles e lê alguns dos princípios de ação. Fiquei assustado com a ideia de que, para o No Labels, existem coisas que são claramente "melhores" para os EUA (ou seja, existem as "piores") e que todos devem buscar isso. Esqueça seu partido seu democrata quase comunista. Ei você, caipira sulista que acredita no creacionismo, deixe essa bobagem de lado e olhe para a verdade. Ou seja: o movimento mata a política, porque não admite perspectivas diferentes para o que eles julgam sábio. Agora, meus amigos, o que é esse "certo"? Quem disse que ele é óbvio?

Americans deserve a government that makes the necessary choices to rein in runaway deficits, secure Social Security and Medicare, and put our country on a viable, sound path going forward.Americans support a government that works to spur employment and economic opportunity by encouraging free and open markets, tempered by sensible regulation.

Qualquer tentativa de dizer que "um" caminho é o melhor, o certo, o único, deve ser olhada com desconfiança. Política é conflito e necessita dele para existir. Não confundir com violência, com anomia e falta de regras. As visões políticas tem de existir e sempre existirão muitas delas. A não, claro, que alguém imponha a sua sobre todos e crie sanções para quem divergir. Mas isso é outra história.

Vai lá (se tiver coragem): http://nolabels.org/

20 de dez. de 2010

Apresentando: Calote

Entre os mais de 300 feeds que eu acompanho, outro dia apareceu isso aqui na lista interminável de itens não lidos (1000+):

(clique para aumentar)

Em outro dia aparece essa aqui, de rolar de rir:


(clique de novo para aumentar de novo)
Não tinha ideia de onde vinham essas tiras, cliquei no link e descobri o Primeiro Andar, blog do Calote. Quem é Calote? Sei lá. Resolvi mandar um e-mail para ele e saber quem é que andava floodando o meu feed. Apresento-lhes o Calote:

1. Seu nome, idade, onde mora, onde nasceu
Marcelo Gianesi Bellintani. Calote é apelido, não sobrenome (meu pai se formou em ciências contábeis). Tenho 29 anos, nasci e moro em São Paulo.


2. Trabalha com o que?
Sou redator de propaganda. Eu que inventei o "Mas não ligue ainda!" (mentira)

3. Influências
Monty Python, American Splendor, Quino, Ra Tim Bum. Mas os primeiros contatos com quadrinhos (tirando heróis e turma da mônica) que ficaram bem gravados na minha cabeça foram: Chiclete com Banana, Los três Amigos, Heavy Metal, as coisas da Editora Circo... Como todo moleque que gosta de desenhar, ficava copiando os quadrinhos desses caras.

4. Ídolos
Jaguar, Ziraldo, Laerte, Angeli, Adão, B.B.King, 

5. Que tipo de música gosta de ouvir
Blues, rock, o que conheço de jazz (que não é muito). Quando rola uma mistura de eletrônico e rock gosto também, a lá Chemical Brothers. Mas na real, sou meio autista com música. Coloco do repeat e ouço ad eternum um disco. Black Drawing Chalks (que aliás os caras desenham muito também) e Them Crooked Vultures por exemplo ouço até sair sangue do ouvido.

6. Filme favorito
Meu último filme favorito é Bicicletas de Belleville. Mas já foi O Poderoso Chefão, Transpotting, Evil Dead, O Bom o Mau e o Feio...

7. Quem levaria para uma ilha deserta
A futura Sra Calote. Sou romântico.

8. Você tem medo de altura? (trocadilho com "primeiro andar")

Tenho. Muito. E coincidentemente moro hoje no primeiro andar. Se meu apartamento pegar fogo posso pular da janela numa boa. Isso me traz um conforto especial.

9. E mais outra coisa que queira falar.

Primeiro Andar era um fanzine que desenhava com outros amigos na faculdade. Como era feito por amigos e para amigos, tinha um quê de piada interna. Isso continuou no blog, até porque o número de acessos podia ser contado nas mãos do Lula. Mas depois que participei do Pindura 2011 e da Golden Shower, sou mundialmente famoso!

Clique e torne Calote mundialmente famoso: noprimeiroandar.blogspot.com

Segunda-feira

Agora estou chegando perto da solução ideal para o problema do despertador. Uma hélice se desprende enquanto o alarme toca (bem alto, pelo visto) e só para quando você põe tudo no lugar. Aí sim. Até que não custa caro e dá para comprar pela internet. O Natal é essa semana, mas eu aceito presentes atrasados.



13 de dez. de 2010

Uma pausa

Pequena pausa nos trabalhos para uma foto:

Segunda-feira

Esse é o antídoto para o botão snooze: um despertador que foge enquanto toca. Pelo vídeo, ele anda aleatoriamente fazendo bastante barulho. Seria perfeito se fugisse de você ou se escondesse em algum lugar antes de começar a tocar. Mas não seria mais um despertador e sim aquele menino-robô esquisito do Inteligência Artificial. Dá para comprar pela internet, mas é bem caro (50 dólares).



Reparou que hoje é segunda-feira 13?

11 de dez. de 2010

Imersão

Três dias seguidos ouvindo a discografia do Pavement. O show deles no Planeta Terra 2010 foi lindo.

10 de dez. de 2010

Jornalismo é uma merda

E não é que por acidente a CNN põe um pedaço do filme "Débi & Lóide" no meio do noticiário? E justo uma cena em que o personagem que não é o Jim Carrey sofre de um certo desarranjo digestivo no banheiro. Bizarro.

Música da sexta

Não vou para a praia e nunca peguei uma onda na minha vida. Mas eu adoro surf music faz tempo, e nesta sexta não me sai da cabeça a música do Eddie Day que eu tenho em um velho disco de surf music.

Essa é a música (a primeira), "Ultimate wave":


Esse é o disco (clique na imagem pra saber mais):

O Natal do Misery Bear

Depois do vídeo de Halloween, agora o Misery Bear entra no clima do Natal e ganha do Papai Noel o que ele sempre consegue de graça: sentir-se miserável. Perfeito para a noite do dia 24.

9 de dez. de 2010

Dilemas pinguinianos

Assim como eu, os penguins também vivem dilemas e não gostam de molhar os pés. Penguinos somos nozes,

8 de dez. de 2010

Uma tragédia americana

OK, eu sei que a "tragédia" é um gênero consagrado (inaugurado?) pelos gregos, mas saber que em 2011 vai estrear uma ópera baseada no fatídico 11 de setembro me deixou com essa palavra na cabeça.

A obra se chama "Heart of a Soldier" e é baseada no livro que conta a história de um segurança do banco Morgan Stanley que tentou salvar as pessoas no World Trade Center e acabou morrendo. Está prevista para dia 10 de setembro a estreia. *Calafrios*

Reconhecimento facial

"Tá na cara desse aí que ele é _______________". Complete no espaço em branco. Tá na cara das pessoas o que elas são? Uma boa parte de nós gosta de crer que sim e nos baseamos em evidências empíricas amadoras para julgarmos que somos bons em dizer o que alguém é por seu rosto (e roupa que vestem, gírias que falam).

Uma pesquisa publicada na National Association of Science Writers tentou mostrar isso usando mórmons e a alegação de que pessoas dessa religião tem mais facilidade de reconhecerem seus iguais. Segundo os fiéis, devido a uma iluminação espiritual. Os cientistas queriam descobrir se existiam características comuns aos mórmons que permitissem seu reconhecimento por outros grupos também (conhecido na ciência como "grupo padrão").

Leia o relatório de pesquisa e saiba a que conclusão eles chegaram.

E você? Sabe o que está na cara dos outros. Sabe mesmo?

5 de dez. de 2010

Homenagem a Noel Rosa

Esta indicação de show é inusitada. Neste blog se fala muito de rock, mas a dica é de um show de música brasileira. Samba. Noel Rosa. E quem vai cantar não é nenhuma flor da Vila Madalena ou da Lapa, mas a drag queen Renata Perón. Ela já participou do Qual é o seu talento, n SBT e canta na noite há 15 anos. Com uma banda de primeira, Perón está lançando disco dedicado inteiramente ao cantor carioca. Vai ser no Teatro Sérgio Cardoso no dia 6/11 (segunda), e é de graça.

Noel Rosa canta "Com que roupa"


Renata Perón canta Noel Rosa
Quando: 6/11 (segunda) às 22h
Onde: Teatro Sérgio Cardoso - R. Rui Barbosa, 153, Bixiga - São Paulo
Quanto: gratuito
Site: http://renataperon2.blogspot.com/

Roberto na praia, Erasmo no samba

Fato inédito nos 35 anos de especiais do Roberto Carlos na Globo: o show de 2010 será transmitido ao vivo da praia de Copacabana. Isso nunca tinha acontecido. Robertão está mesmo perdendo suas manias. Além disso, ontem foi anunciada uma turnê dele com Stevie Wonder pelo Brasil. Genial. Será que tocam "Eles estão surdos" juntos? Ou qualquer uma, por favor. Seria história.

Agora, o que chamou atenção mesmo nessa história do Roberto foi o seguinte: vários artistas vão abrir esse show na praia, incluindo a escola de samba Beija-Flor. O tema que vão mostrar na avenida em 2011 é justamente o Rei. Eles prometeram que vão tocar o samba que Erasmo Carlos, eterno parceiro e artista subestimado, fez para concorrer na agremiação e perdeu a disputa. Será que tocam? Eu quero muito ouvir.

E para quem pensou: "Quê? Erasmo fazendo samba?", aí vão dois sambas legais que o Tremendão compôs. Porque mesmo os roqueiros gostam de uma batucada de vez em quando:

"Cachaça mecânica"


"Mané João"

30 de nov. de 2010

A fobia dos ditadores

A Sociedade Internacional de Direitos Humanos foi precisa na campanha que criou para falar das ditaduras que ainda existem no mundo. É só olhar as fotos abaixo e entender o diagnóstico: a internet é hoje a maior inimiga de regimes anti-democráticos. Sem dúvida de que ela é uma excelente ferramenta de contra-informação em lugares onde o governo domina todos os canais de informação.

Mesmo em países com democracia consolidada, a internet consegue agregar outros canais de informações que não tem espaço em meios mais tradicionais e mais caros. Exemplo disso são os blogs de política que pipocaram durante as eleições presidenciais de 2010. Novos paradigmas? Ainda é cedo para dizer.

Na ordem: Rober Mugabe (Zimbábue), Kim Jong-Il (Coreia do Norte) e Muammar Gaddafi (Líbia)




29 de nov. de 2010

Quase resenha: "Vó", de Jean Galvão

Entrevistei o Jean Galvão ( chargista da Folha desde 99, cartunista e ilustrador) para o site da Trip. Nessa semana sai o bate-papo. De quebra, ganhei seu último livro, "Vó", com tiras que foram publicadas no Jornal O Globo.

Em pouco tempo matei o livrinho, que é curto e bem divertido. Claro, a "vó" que ele inventou para a tira é meio deprimida, coitada. Sente falta da solidão, fala com o retrato de seu falecido, com os remédios e tem mania de benzer a água durante a missa que passa no rádio. Mas são quadrinhos precisos, de um humor simples, mas que a nova (e a velha também) tem dificuldade de alcançar. Canso de contar as vezes em que tiras diárias são publicadas sem punchline ou mesmo sem piada. E estou falando das que se pretendem engraçadas.

Não convivi muito com as minhas avós, mas sei que a Vó de Jean é uma boa representante desse estereótipo humorístico. E o livro é muito bonito, bem-editado e acessível: apenas R$12, 90.


Autor: Jean Galvão
Editora: Leya/Cult
Preço: R$ 12,90

Site do Jean Galvão: http://www.jeangalvao.com.br


.

Arte ataca

Veja bem a foto acima. Ela mostra um dos ônibus que foram explodidos em Londres em 2005, num ataque terrorista que matou 52 pessoas. Olhe também a foto abaixo. É uma foto jornalística do fato, sem a intervenção do artista Mark Sickler. Ele tem sido bombardeado pela mídia e a população por usar uma imagem traumática e forte numa obra sua. A galeria que representa Sickler porá à venda 100 reproduções de "Age of shiva", o nome do quadro (?), ao custo de 150 libras cada.


A pergunta de um milhão de libras é: Sickler está sendo ofensivo? Ele passou dos limites e mexeu com algo que não deveria? É justo usar um fato traumático para fazer arte? Isso é arte? Difícil responder a essas questões. Deve existir limite para a arte? Ela tem linhas bem-definidas de ação? Outra coisa importante a se pensar é se a reação da "sociedade" a uma obra não diz mais sobre a própria sociedade do que sobre a obra e suposta polêmica que ela causa. Lembremos do recente caso dos urubus de Nuno Ramos. Não tiveram nenhum problema em Brasília, tinham todas as autorizações para estarem na Bienal de São Paulo e de repente tudo virou uma questão moral confusa, que terminou com a retirada dos bichos. E o fim da obra mais relevante apresentada na 29ª Bienal.

O pepino agora está com Sickler e os ingleses. Vamos observar esse caso para ver como eles reagirão. Quem sabe isso não é uma pista de como anda o mundo e o quanto de terreno o politicamente correto vem ganhando. 

Para saber mais sobre o caso: leia reportagem da CBC News

Segunda-feira

Parece que o problema com os despertadores é tão grande ao redor do mundo que até música sobre isso existe. Eu entendo vocês, meus caros The Rumble Strips. Acordar é foda.



Happy monday(s).

28 de nov. de 2010

Propaganda muito enganosa

O fotógrafo Dario D. descobriu o que todos nós já sabíamos: os anúncios de fast-food são uma grande mentira. Aquele hambúrguer lindo, brilhante, suculento, quando chega à nossa bandeja não passa de um chinelo velho sem cor. No exemplo postado aqui, o glorioso Big Mac. No blog dele você vê outros sanduíches e até tacos. É por isso que eu prefiro a Hamburgueria do Sujinho.


Vai lá: http://alphaila.com/articles/?p=452

27 de nov. de 2010

A maior pista de carrinhos do mundo

Chris Burden preso a um Fusca
Chris Burden é um artista performático americano que nasceu em 1946. Seus trabalhos sempre acabam falando de carros, como da vez em que ficou deitado, preso a um fusca. Ele já fez um barco-fantasma que navegou pela costa inglesa durante cinco dias e agora criou uma máquina de fazer carrinhos estilo Hot Wheels correrem por uma pista sem parar. Vem a velha pergunta: isso é arte? Sei lá. Mas que é impressionante, com certeza é. Especialmente para quem mora em São Paulo. Bom, pelo menos os carrinhos conseguem engatar a terceira marcha.

Epifania do sábado

Caralho, o Iron Maiden era punk de verdade!

Iron Maiden - "Wrathchild" (1981, com Paul Di'Anno no vocal)

26 de nov. de 2010

Podcast do ACP: Latinos

Bersuit Vergarabat
Quem me acompanha no Twitter sabe que toda sexta eu posto o link do meu podcast temático no site da Trip. Alguns amigos pediram, então vou colocar aqui no blog o link para cada um deles assim que sair. Aí ficam todos organizados aqui no blog.

O dessa semana tem bandas latinas como tema. Só rock em espanhol. O playlist é esse:
1. Los Lobos - "Chuco's Cumbia" (EUA/México)
2. La Vela Puerca - "El Viejo" (Uruguai)
3. Bersuit Vergarabat - "Perro amor explota" (Argentina)
4. Los Bunkers - "Ahora que no estás" (Chile)
5. Café Tacuba - "La negrita" (México)


Clique no link abaixo e ouça o Podcast do ACP:
http://revistatrip.uol.com.br/blogs/acp/2010/11/26/podcast-do-acp-latinos.html

Música da sexta: Funk pesado



Eu não conhecia os The Bar-Kays, uma baita de funk americana. Começaram no fim dos anos 60, tocando com Otis Redding e outros artistas da Stax Records. Depois de mortes de integrantes e outras reformulações, a banda seguiu para a Mercury Records nos anos 70 e até hoje toca, apesar de só ter um membro da formação original.


Esse vídeo saiu do documentário de 1973 chamado Wattstax. A música é "Son of Shaft" e foi cortada. A versão original teria quase 10 minutos. E, mais uma vez, vi isso no Dangerous Minds, baita blog. Ponha no seu feed.

Sean Lennon entrevista Yoko Ono

Sean Lennnon e Yoko Ono
A NPR (rede pública de rádio dos EUA) teve uma ótima ideia: fazer um filho entrevistar a mãe. Não qualquer filho, não qualquer mãe. Sean Lennon, o filho cantor de John Lennon, faz perguntas a sua mãe, Yoko Ono. Eles falam do passado de Yoko, filha de uma família tradicional japonesa e de um banqueiro. Ono só conheceu seu pai quando ela tinha dois anos. Eles descobrem semelhanças entre o pai de Yoko e Sean, que tinha vergonha de ir à escola de limousine.

Para ouvir o programa, clique no link a seguir:

http://www.npr.org/2010/11/24/131566214/sean-lennon-and-yoko-ono-dna-memory

23 de nov. de 2010

Lendo agora

Nessa semana, uma leitura filosófica sobre temas contemporâneos e um clássico:

1. Judith Butler - "Gender trouble"

2. Jean-Jacques Rousseau: "Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens"


22 de nov. de 2010

Segunda-feira

Eis o que deve ser o despertador mais alto do mundo. Pelo menos é o que diz o cara que inventou o negócio. Se eu tivesse as mesmas habilidades dele, construiria um para mim. Será que rola sob encomenda? Algum eletricista amador lê o blog?



Feliz segunda-feira.

21 de nov. de 2010

Planeta Terra 2010

Estive ontem no Playcenter cobrindo o Planeta Terra para o site da revista Trip (leia o texto feito por mim e Millos Kaiser). Não foi o melhor dos festivais que eu já vi. Teve seus altos e baixos. Alguns altos muito bons e baixos deprimentes. Como só vi o palco principal, o indie stage fica sem comentário.

Mombojó: são excelentes ao vivo e acabam de lançar seu melhor disco, Amigo do tempo. Não entendi porque tiveram de tocar antes dos Novos Paulistas.

Novos Paulistas: o que diabos foi isso? Juntar todos os cantores mais ou menos paulistas e colocar na mesma banda não melhorou nada para ninguém. Eles fizeram questão de falar várias vezes que são amigos e o show era realmente só para os amigos gostarem, porque o público estava indiferente. Fora o nome, que é muito pretensioso. Foi o momento vergonha alheia do festival. Só não ganharam do Smashing Pumpkins como pior show do festival porque havia pouca gente.

Of Montreal: agradou muito ao público e foi a primeira muvuca da noite. Repertório dançante, dançarinos fazendo performance, luzes psicodélicas e o vocalista Kevin Barnes comandando o palco com competência. Para mim, faltaram músicas do disco "Satanic panic in the attic", mas tudo bem.

Mika: fez delirar homens, mulheres, gays e lésbicas. É impressionante sua performance no palco. Dança, grita e pula como se estivesse num musical com Fred Astaire. As músicas funcionam muito bem ao vivo e ele transformou a pista numa balada, pela primeira e única vez na noite.

Phoenix: é uma ótima banda, mas o show poderia ter sido melhor. Começou bem, mas lá pelas tantas, a banda entrou numa viagem instrumental que durou alguns minutos e esfriou o público. O som parecia um pouco abafado. Quando Thomas Mars acordou de novo, botou fogo na plateia e acabou o show num stage dive épico.

Pavement: em uma palavra, foi lindo. Um show pesado, com energia e músicas bem-executadas. Aposto que foi bem melhor que Hot Chip. A plateia estava bem vazia, justamente porque muita gente quis ir ao outro palco dançar. Perderam o melhor show do palco principal, quiçá do festival todo.

Smashing Pumpkins: uma vergonha. Nem se pode chamar aquilo de Smashing Pumpkins, está mais para "Billy Corgan e seu trio de molequinhos". O careca se perdeu. Não sabe mais montar setlist e acha que sua banda é o Led Zepellin e ele, Jimi Hendrix: tocou o hino americano com os dentes na guitarra, o baterista fez um solo de três minutos, uma tragédia. Os clássicos estavam lá, mas o desânimo era tanto que ninguém se empolgou. O público foi deixando o palco ao longo da apresentação, que parecia que nunca ia acabar. Uma coisa engraçada é que o melhor show que vi na vida foi o do próprio Smashing Pumpkins em 1998, no Olympia. Na época, eles lançavam o disco "Adore". Fizeram até cover de Talking Heads. Ontem, vi o pior show da minha vida, também do Smashing Pumpkins. Ironia.

Música do domingo: Paul McCartney



Hoje eu não fujo da agenda de 99% dos veículos de mídia e vou com a corrente pra falar do Paul. Afinal de contas, eu e a Flávia Durante estaremos lá cobrindo o show para o site da Trip. A eleita desse domingo é uma canção que não deve ser tocada no Morumbi, mas é uma das que eu mais gosto na voz do tio Paul (tirando as dos Beatles, calma). Chama-se "Jenny Wren"

Capa do disco "Chaos and creation in the backyard", 2005
Ela está no disco "Chaos and creation in the backyard", de 2005, com produção do Nigel Godrich (Radiohead entre outros). Numa viagem à Europa há alguns anos, conheci uma garota inglesa chamada Jenny que nunca tinha ouvido a faixa. Até hoje ela me manda mensagens agradecendo por ter sido apresentada a sua xará. Vai, Jenny!

20 de nov. de 2010

Stars ao vivo

A fofíssima banda canadense Stars passou pelo estúdio do excelente programa World Café na rádio WXPN (Filadélfia, EUA). Em 2010 eles lançaram o disco "Five ghosts", mantendo sua linha de músicas leves, modernas,  românticas e ao mesmo tempo perturbadas. A faixa mais conhecida deles se chama "Ageless beauty" e está no primeiro disco da banda. Além de uma boa banda, o Stars é um grupo de músicos que sabem dar entrevistas, algo raro. E parecem ser bem legais.


Aqui, o Stars tocando "Fixed" ao vivo. Um ótimo registro de show:


Clique aqui para ouvir o programa na íntegra. E veja a playlist do microshow:

"I Died So I Could Haunt You"
"Fixed"
"Dead Hearts"

19 de nov. de 2010

Música da sexta: Stereolab



Nenhuma novidade hoje. Só o bom e velho Stereolab tocando uma faixa já clássica. Adoro essa "French disko".

Stereolab!
Aliás, já repararam como o shoegaze está voltando com força? Essa fica para um post da semana que vem que já está quase pronto.

Feliz fim de semana a todos.

John, John, Yoko



Achei esse vídeo no Dangerous Minds e nem eles sabem muito bem de onde veio esse bate-papo em 1972 entre John Cage, John Lennon e Yoko Ono. Eles falam sobre suas vozes, uns barulhos inteferem na trilha sonora (serão de John Cage?), a câmera faz zoom in, zoom out, zoom in, zoom out...


John Cage
Para quem não sabe, John Cage foi um compositor experimental americano. Compôs peças para rádios de transistores (entre outras fora do comum) e sua obra mais famosa se chama "4'33''". Trata-se uma peça que pode ser executada em qualquer lugar, na rua com violão, um oboé ou triângulo, ou mesmo na Sala São Paulo com uma orquestra de mais de 80 integrantes. Nunca ouviu? Clique aqui para uma versão bem legal que foi transmitida pela BBC Four da Inglaterra.

18 de nov. de 2010

Dixie Chicks

Fiquei procurando um jeito descolado de escrever esse post que só serve para justificar o vídeo das texanas Dixie Chicks. Eu poderia discorrer sobre sua atuação política anti-Bush a partir de 2003, dizer que elas tocam e cantam pra caramba, mas vou parar de embromar e deixar o vídeo aí e confessar: sou fã delas. Tenho todos os discos. E não me importo que quando coloco o CD delas para tocar no carro todo mundo ache que é a Shanya Twain ou a Sheryl Crow.

Dixie Chicks tocando "Taking the long way" (do disco de mesmo nome, 2007)

17 de nov. de 2010

Dick Dale egípcio

Omar Khorshid era egípcio e tinha uma queda pela surf music, apesar de não haver lá muitas praias para surfar em seu país. Ele misturava música egípcia com a palhetada ágil de guitarristas como Dick Dale e Eddie Day. Não consegui achar muitas informações biográficas sobre o sujeito na internet, mas dá para ouvir bastante coisa no Youtube.

Abaixo, Omar Khorshid tocando "Aziza".


15 de nov. de 2010

Segunda-feira

O vídeo de propaganda deste alarme é bem babaca e não dá para saber se ele é bom mesmo. Mas o visual é legal, o que já vale a indicação. E pelo menos é barato: 14 dólares. Apesar de ter cara de despertador da 25 de Março.



Segunda-feira é fogo.

8 de nov. de 2010

Segunda-feira



É acordar ou morrer com essa invenção genial. Pensando melhor, acordar e morrer. Nem pense em me dar um de presente.

Feliz segunda-feira.

7 de nov. de 2010

Horário de verão

É uma bobagem, mas gostei desse vídeo estilo "We are the children" sobre o horário de verão. Um monte de pais cantando (enchendo o saco) para que os filhos não esqueçam de voltar uma hora nos relógios. Foi feito pela Landline TV, de Nova York, um canal de vídeos especializado em humor. Um detalhe: alguém viu um pai negro em algum lugar?

5 de nov. de 2010

Música da sexta


Porque toda sexta-feira merece precisa de um pouco de barulho para embalar o final de uma semana de três dias. Apresento-lhes os punks barulhentos dos Boston Chinks, uma recente descoberta. Não me lembro de qual feed, playlist ou podcast eles apareceram, mas o EP "Coltrane" me conquistou com a combinação de melodia escondida com sujeira e produção tosca. Acho que "Helpless" vale até para dançar.

Boa sexta-feira

Boston Chinks - "Helpless"

4 de nov. de 2010

Camiseta


Orra se eu quero. É da minha banda favorita do momento. 

Vi aqui. Mas acho que não tem mais. Droga.


3 de nov. de 2010

Andy Irons e a lição de jornalismo

Ontem morreu o tricampeão mundial de surf Andy Irons, 32. Parece que foi de dengue, enquanto ele tentava voltar para sua casa no Havaí, depois de abandonar a etapa porto-riquenha do World Tour depois de se sentir mal. Muito triste.

Eu entrevistei o Andy Irons neste ano, quando estava cobrindo o WT em Imbituba (SC). Na verdade, eu não fui para informar os resultados da etapa, mas para fazer perguntas mais frias para os surfistas participantes. Isso funcionou bem até a hora em que a competição começou para valer.

Bastante desligado do que estava acontecendo, eu ficava na área de imprensa tentando conversar com as estrelas do surf logo depois de suas baterias e havia conseguido passar ileso até que Andy Irons saiu do mar e foi até a "área mista".

Ele havia acabado de perder sua bateria e eu não sabia. Embalado pelo que já tinha dado certo até aquele momento, gritei seu nome e o chamei para falar ao microfone da Trip. Comecei o papo com a pior pergunta possível naquele momento: "Como você acha que foi na sua bateria?". A resposta, óbvia e justa, foi: "Como eu fui? Como você acha? Muito mal". Virou as costas, foi embora e deixou a mim e aos outros doze repórteres que esperavam para falar com ele na mão.

Ainda recebi um tapinha nas costas de um colega mais experiente na área que disse que ele era "assim mesmo". Fiquei com vergonha. Pô, deixei um dos maiores surfistas do circuito puto da vida comigo e ainda fiquei sem a sonora.

Mais tarde consegui a entrevista. Andy me olhou com desconfiança, mas falou comigo mesmo assim. Deu um tchau meio sem-graça, mas se eu houvesse algum dia cogitado ser amigo dele, as chances já tinham ido pelos ares de qualquer maneira. No vídeo abaixo ele é o primeiro a falar:



Aprendi duas coisas nesse dia. Um: a pauta pode ser fria, mas os eventos são sempre quentes, independentemente de você. Dois: os outros surfistas foram muito tolerantes comigo. Eu devo ter sido um pé no saco dos competidores daquele WT.

Vá em paz, Andy Irons. E obrigado pela lição de jornalismo.

1 de nov. de 2010

Segunda-feira


Ficha deste alarme:
- 112 decibéis de barulho (algo entre uma furadeira e um avião)
- 40 dólares
- Nome: Sonic Bomb

Veja a belezura funcionando. Mortal.


Meu aniversário está chegando. Quer me ajudar a não perder o emprego?
Vai lá na loja e me dá de presente.

Boa segunda-feira para você também.

30 de out. de 2010

Fofura dos infernos

O ursinho de pelúcia perturbado favorito deste blog lançou novo episódio, um especial de Halloween. Paródia do filme "Dawn of the dead", Misery Bear tem de fugir de um exército de ursinhos-zumbi. Muito sangue, tensão e pelúcia voando pelos ares. Feliz Dia das Bruxas.

29 de out. de 2010

Mais Dr. John


Aproveitando que já falei sobre o Dr. John recentemente, vou falar mais. A NPR disponibilizou o streaming de uma antiga apresentação do pianista e cantor. É de 1989, no programa Piano Jazz, apresentado Marian McPartland. Mais uma vez, só ele e seu piano. Ficamos sabendo que ele teve a ajuda de Bette Midler, Sir Douglas "Doug" Sahm e Bob Dylan para escrever as músicas do seu disco mais famoso (e que vendeu mais) "In the right place" (1973). É só clicar aí embaixo.

10 minutos

Muito bom esse vídeo incentivando os jovens americanos a comparecerem nas eleições legislativas deste ano (vão acontecer em 02/11). Usando o "método" da comédia stand-up nonsense consagrada por Jerry Seinfeld, os atores falam sobre o que se pode fazer em 10 minutos - o tempo que alguém leva para votar lá. Muito melhor do que a malandragem de playground do CQC. Obrigado a Gabriela Luz pela dica. 


28 de out. de 2010

Os Pixies nos amam

Pixies em Coachella, 2004
Infelizmente, não, os Pixies não voltaram para o Brasil e vão tocar no Parque do Ibirapuera. Mas lançaram um site novo, o PixiesMusic.com e estão dando um download de graça. É de um show clássico, o de Coachella 2004, um dos primeiros da volta da banda depois de 12 anos separada e é o último antes de virem pela primeira vez ao Brasil (Curitiba, maio do mesmo ano).

Vá neste link fofo e baixe o seu show: http://www.lalapixiesloveyou.com/. Os Pixies amam a gente.

Veja eles tocando no festival. A música são "Monkey gone to heaven" e "Where is my mind?".

Camiseta

Camiseta da semana. O Frank vale a estampa, apesar da legenda inferior ser desnecessária.

Vi no Blog de camisetas.

27 de out. de 2010

Lendo agora

As leituras do momento são:



Incrível só ler este agora:

26 de out. de 2010

Imagem não é tudo, mas ajuda

Em primeiro lugar, este não é texto de crítico. O que me faz escrever sobre o disco "Star of Love" dos Crystal Fighters é a falta de informações disponíveis sobre a banda (supostamente) espanhola. Cansei de esperar os especialistas brasileiros esperarem a NME falar sobre eles para saber de sua existência.

Fiquei impressionado pelo som dos Crystal Fighters quando vi o clipe de "In the summer" pela primeira vez. O primeiro aspecto importante do grupo já se mostrava nesse vídeo: a preocupação com a liguagem visual. Engana-se quem pensa que se trata apenas de vender uma imagem de hippies eletrônicos - o que eles de fato são -, mas de dar forma visual ao som. E isso eles fazem perfeitamente em todos os vídeos que lançaram até agora, algo bem raro.

Ouça o disco inteiro no Soundcloud

Outro aspecto, e o mais importante, é a mistura a que os Crystal Fighters conseguiram chegar. São essencialmente eletrônicos, porém não se deixam levar pelas amarras das programações e sintetizadores. Há violões latinos no fundo de quase todas as músicas, há corais lisérgicos ecoando pelos cantos das faixas de seu primeiro disco. Vozes masculinas e femininas, apoiadas por teclados fluidos e baixos distorcidos, batidas enlouquecedoras e melodias simples e eficientes. Qualquer artista pop daria um braço para ter escrito faixas como "In the summer" e "Follow".

Nota-se ecos de MIA, de MGMT, de Pink Floyd, Daft Punk, Talking Heads. Referências costuradas de um jeito tão inteligente que elas são só referências e os Crystal Fighters tem identidade própria. Impossível confundir o som deles com o de qualquer outra banda. Agressivo e melódico, étnico e moderno, com cara de tudo e com cara do tempo em que vivemos, de imagens fugidias e múltiplas fontes de informação.

Ainda não vi/li uma entrevista com a banda. Só consegui assistir à apresentação deles no "Later with Jools Holland". E já sei que serão grandes, mesmo que não façam sucesso. Tudo o que o MGMT ensaiou fazer no primeiro disco e não conseguir fazer no segundo está realizado com excelência em "Star of love".

E não pensem que se trata de um disco pensado para poucos, um "clássico" indie. A vocação do primeiro álbum dos Crystal Fighters é a de tomar o mundo de assalto com amor, pintura corporal, barbas compridas e flores no cabelo, tudo isso dentro de alguma balada escura numa noite embalada por álcool e ecstasy. O de sempre. Mas é um pop com gosto e produção que toma uma posição e não opta por diluir o som e padronizar a banda.

Os clipes dos Crystal Fighters não estão para brincadeira, suas músicas também não. Parece que as performances ao vivo não ficam atrás e eles são uma banda com plena consciência do que uma imagem bem-trabalhada pode fazer por um artista que se pretende pop.

"Star of love" é o melhor disco pop que ouvi em tempos porque não exclui os apreciadores de boa música nem quem procura uma satisfação rápida e eficiente. Enquanto isso, os espanhóis (?) vão cravando suas raízes em lugares que, na minha opinião, ainda não existem na música pop atual.

Esse primeiro disco ainda vai render bons meses de audição, mas já se instala uma ansiedade (boa) pelo futuro da banda e por um show deles aqui. Quem sabe o Brasil não tem essa sorte? Tudo bem, não vou pedir mais do que já ganhei com os Crystal Fighters.

Saiba mais sobre os Crystal Fighters no sou daltônico, não idiota:
- Disco do semestre: Crystal Fighters


Bebê divino

[

Morei em dos lugares mais religiosos que já conheci e sei como o pessoal conservador dos Estados Unidos se relaciona com a religião. É assustador ver esse bebê agindo como adulto e "sentindo" a música de adoração que toca de fundo. Mas temos que entender que o ambiente todo em que ela vive é todo feito disso. Bem diferente daqui (São Paulo, por exemplo), onde existe espaço para tudo. Numa cidade pequena, na qual a vida gira em torno da religião o tempo todo, a bebê só vê, ouve e convive com o aspecto religioso da vida. É um pouco como aquele outro bebê que dança axé em outro vídeo:



Tudo isso para dizer: não vamos tirar sarro de primeira. Vamos pensar um pouco antes de dizer: "Nossa, que bizarro, que absurdo!".

25 de out. de 2010

Motorhead acústico?

Para uma propaganda de cerveja francesa, Lemmy Kilmister e o Motorhead desaceleraram e limparam a rápida e suja Ace of Spades. Virou um blues com jeito de clássico. Até uma gaita acabou entrando. Banda boa é boa até debaixo d'água:




A versão original (e inteira) da música é assim:


** No site da cerveja dá para baixar um mp3 da "Ace of Spades" lenta inteira. Valeu pela dica, Carlos Lemos!

(Via Dangerous Minds)

Segunda-feira

Um belo jeito de acordar todos os dias. Feliz segunda-feira para você também.
Via There I Fixed It

24 de out. de 2010

Domingueira

Nem todo domingo precisa de música triste. Às vezes uma banda punk dinamarquesa resolve o problema. Já conhece o Cola Freaks? Vale a pena. A capa do EP é bem feita, mas as músicas são muito boas. São herdeiros do Wire, Husker Du e outra meia dúzia de bandas "pós-punk".

23 de out. de 2010

Disco do semestre: Crystal Fighters

Não vou falar muito sobre os Crystal Fighters. Para mim, o primeiro disco deles, "Star of Love" é a melhor coisa nova que ouvi esse ano. Esse é o som do futuro: música eletrônica, calypso, ritmos latinos, visual hippie, com violões, inglês e espanhol misturados e muita, muita, muita psicodelia. Tanta que o MGMT fica parecendo o coral da igreja. Bom para ouvir na praia, na balada e na estrada. Chega de papo. Ouça:

"In the summer"


"Xtatic truth"


"Swallow"


Tocando "Champion sound" no programa "Later with Jools Holland"


Crystal Fighters
Myspace
Site oficial
Youtube

21 de out. de 2010

Velho Doutor

Dr. John, 69, é um dos maiores pianistas de blues da história. Já tocou (para um auditório vazio) no Brasil, participou do documentário "Piano Blues", de Clint Eastwood e tem um disco de funk/soul que é desconhecido e essencial - "Right place, wrong time".

O velho cidadão de New Orleans não é só um pianista técnico, mas também sabe tocar cada nota e cada acorde na hora e intensidade certas. Ele consegue fazer um suingue como ninguém e é excelente nas canções mais tristes, os "blues" propriamente ditos.

Eu sou fã dele desde que o descobri. E isso aconteceu ouvindo um dos maiores discos de todos os tempos em qualquer estilo: "Dr. John's Gumbo". No álbum, de 1969, Dr. John mistura a música mais tradicional de New Orleans com soul e funk, já apontando o caminho que ele seguiria nos anos 70, quando experimentou bastante com timbres e batidas esquisitas.

A partir dos anos 90, Mac Rabbenack, seu nome real, resolveu buscar as raízes mais antigas do piano e começou uma série de discos dedicados à tradição da cidade mais divertida dos EUA. Fez homenagens aos spirituals, às nações do Mardi Gras e falou sobre a tragédia do Katrina no álbum "The city that care forgot".

Em junho de 2010 lançou "Tribal", mais um disco de volta ao passado. Por causa desse lançamento, foi chamado aos estúdios da rádio Jazz 24 para uma performance de voz e piano. Apesar de não ser exatamente famoso, Dr. John é reconhecido por quem entende de blues como um dos músicos essenciais do gênero, alguém que não só repete os velhos standards e cria novas possibilidades dentro de um tipo de música aparentemente limitado.

Ouça a apresentação de Dr. John e entenda por que ele é tão bom.