29 de jun. de 2011

Tragédia para se ver


O blog In Focus, da revista The Atlantic, está postando uma série de 20 partes com imagens da Segunda Guerra Mundial. Sempre aos domingos, são postadas galerias enormes com imagens de eventos importantes relativos ao conflito. Na primeira, o pré-guerra. A segunda mostra a invasão da Polônia, o fato que mostrou ao mundo o que Hitler queria. O legal é que são fotos diferentes das que estamos acostumados, como essa acima, de 1924, pouco depois do futuro ditador ditar seu livro "Mein Kampf".

Acompanhe a série World War II in Photos

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28 de jun. de 2011

Os livros do Carlão


A biblioteca de Charles Darwin, autor da "Origem das Espécies" e o patrono do evolucionismo (e do ceticismo, por tabela) foi digitalizada. No site Biodiversity Heritage Library é possível ver os livros, cartas e correspondência do cientista. Além de fuçar as pequenas anotações que ele fazia nas páginas dos livros. São 330 itens no total, e parece que nem tudo foi disponibilizado ainda.

Explore a biblioteca de Charles Darwin.

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Fogueteiro


Eu vi esse filme no cinema com o meu pai, na glória dos meus sete anos. Faz 20 anos que "Rocketeer" estreou. Vou ter que assistir de novo, porque confesso que não me lembro de nada. Só sei que eu gostava do capacete do herói e que esse pôster é bem bonito.

Para saber mais:

A Cartoon Christmas
IMDB

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27 de jun. de 2011

O filme dos Foo Fighters


Sendo sincero: em 1991 eu tinha sete anos. Por mais que eu quisesse, ainda não podia apreciar o Nirvana em toda a sua rebeldia adolescente (embora já gostasse de Faith No More). Então, a banda que realmente atravessou minha jovem existência roqueira não foi a do trágico Kurt Cobain (embora eu me lembre do dia em que ele morreu) e sim os animados e pop Foo Fighters. Mais do que isso, virei fã deles ao longo destes meus 27 anos e 17 deles.

Saiu em 2011 "Back and Forth" o ótimo documentário sobre a carreira da banda, que não consegue lançar discos ruins, embora nunca tenha lançado nenhum genial. Justamente essa característica dos Foos é a guia do filme. Uma banda que caminha bem no meio termo sem ofender ninguém, mas sem perder a sinceridade. O Foo Fighters nunca quis ser nada mais do que diversão com guitarras barulhentas, pop rock de qualidade sem pretensão de quebrar barreiras estéticas ou estabelecer novos padrões líricos nas letras. Diversão.


E o documentário mostra que o negócio de Dave Grohl sempre foi se divertir, levando a sério o que tem de ser levado a sério. Na hora de gravar o segundo disco, não hesitou em mandar embora o primeiro baterista da banda, que não conseguia gravar sua parte da maneira certa (ou como Grohl queria). Conforme os Foos foram crescendo, a seriedade aumentou e também as trocas no palco. Pat Smear saiu, Taylor Hawkins entrou, Pat Smear entrou.

Nessa toada vai todo o filme, que conta com depoimentos de todos os integrantes e ex-integrantes da banda. E não pense que os ex-membros pouparam críticas á frieza de Grohl na hora de mandar gente embora. E, mais incrível, que os depoimentos negativos entraram na edição final do filme. Mais uma prova de que Dave Grohl leva sua banda e seus fãs a sério, mas apenas o suficiente, sem querer virar uma diva do rock. Ou um mártir.

Bola de letrinhas


Primeira máquina de escrever a ser produzida comercialmente (em 1870), a Hansen Writing Ball é sensacional. Não consigo imaginar como eu iria escrever num negócio desses, especialmente catando milho do jeito que cato.

Parece que até o Nietzsche fez um poeminha sobre essa máquina estranha. Difícil devia ser ler o que se estava escrevendo nessa nave espacial de letras. 


É segunda-feira


Depois de um feriado prolongado preguiçoso (para alguns de nós), tudo que queremos nessa segunda-feira de trabalho e frio é: ir pra casa!

Edward Sharpe and The Magnetic Zeros - "Home"

22 de jun. de 2011

Velhos de guerra

Bom, vou acabar falando do Guardian todos os dias, mas não tem jeito, os caras sabem fazer internet bem-feita! E com conteúdo, o que é mais legal. Hoje, via Alec Duarte, a atração "guardiniana" é o especial com fotógrafos de guerra. "The shot that nearly killed me" (o tiro que quase me matou) é o título da galeria com depoimentos de 17 profissionais que cobrem conflitos armados para sobreviver (que ironia). 

Clique aí em cima e sinta inveja dos nossos amigos britânicos, que nem precisam pagar para ver esse conteúdo bem-feito (tá vendo, New York Times?).
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21 de jun. de 2011

Rota de fuga

Mapa interativo sensacional do The Guardian (óbvio) que mostra de onde saem os refugiados do mundo e para onde eles vão. É um ótimo exemplo de como os recursos de GPS, internet e cruzamento de dados podem ser usados em prol da visão geral e do compilamento de dados. E não só como um jeito de criar publicidade personalizada. 

De onde saem os refugiados:


Para onde eles vão:


Vi no Global Sociology Blog

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É muita transparência


Eu poderia começar este post citando os inúmeros exemplos da falta de transparência no Brasil, os recentes, os médio-recentes, os antigos. Depois, eu diria como a nossa democracia é uma farsa e gastaria uns três parágrafos sendo conservador ou radical (não sei ao certo qual) e terminaria com uma frase de efeito do tipo: "Desde a hora que Pedro Álvares Cabral colocou o pé aqui deu tudo errado".

Bom, mas o que eu queria mostrar é que TODOS os (24 mil) e-mails que a Sarah Palin mandou ou recebeu entre 2006 e 2008 (quando foi governadora do Alasca) foram tornados públicos e estão disponíveis para quem quiser consultá-los. Sério. Clique AQUI e veja. Tem um monte de bobagem, corrente de e-mail, piadas. Mas tem criancinhas abençoando a ex-futura-vice-presidente do mundo, quer dizer, EUA, apoio vindo dos rincões mais conservadores da grande América.

É uma lindeza essa transparência toda. Não sei se o Assange concordaria comigo, mas com uma lei dessas, o Wikileaks seria virtualmente desnecessário.

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Momento Ary Toledo

Por favor, sejam gentis, é a minha primeira piada visual.

depois do acidente de helicóptero, nova dupla no mundo sertanejo

15 de jun. de 2011

Só vídeo novo

Não sou a MTV, mas hoje fiz uma seleção de clipes novos de bandas (quase todas) novas que estão lançando músicas novas. Só coisa fina, como diriam alguns por aí. O nosso top 3 ficou assim:

1. Best Coast - "Gone Again"



2. White Denin - "Street Joy"



3. The Beatings - "All The Things You've Been Missing"

7 de jun. de 2011

Novos Vikings

Uma das minhas bandas favoritas da safra nova, o Times New Viking acabou de lançar disco novo. "Dancer Equated" já tem clipe e parece que é uma fase um pouco menos barulhenta da banda, que está na gravadora do Superchunk, a Merge _casa do Arcade Fire também.

Veja o clipe de "Try Harder":


Max Weber e o Wikileaks


Max Weber fala sobre a relação entre a ética e a política e como os políticos lidam com o "dever da verdade". Um trecho bem atual, que pode ser colocado em qualquer matéria sobre o Wikileaks no futuro:

"Há, por fim, o dever da verdade. É também ele incondicional, do ponto de vista da ética absoluta . Daí se retirou a conclusão de que se impunha publicar todos os documentos, principalmente os que humilham o próprio país, para pôr em evidência, à luz dessas testemunhas insubornáveis, o reconhecimento de uma culpabilidade unilateral, incondicional e que se despreocupa das consequências. O político entenderá que essa maneira de agir, a julgar pelos resultados, longe de lançar luz sobre a verdade, irá obscurecê-la, pelos abusos e pelo desencadeamento de paixões que provocará. Sabe o político que só a elaboração metódica dos fatos, procedida imparcialmente, poderá produzir frutos, ao passo que qualquer outro método acarretará, para a nação que o empregue, consequências que, talvez, exijam anos para manifestar-se. Para dizer a verdade, se existe um problema de que a ética absoluta não se ocupa, esse é o problema das consequências."
("A política como vocação"; págs. 112 e 113)

Em resumo: o que é melhor que aconteça? Que toda e qualquer informação seja divulgada doa a quem doer, mesmo que elas prejudiquem uma nação  (e não só aos políticos), coloquem pessoas em risco? Essa é uma opção que fala "em nome" da verdade e parece ser a linha filosófica de Julian Assange. Mas há essa segunda via delineada por Weber, a de construir uma narrativa, visando a preservar e talvez fortalecer esse dado país. Mas essa linha passa pela subjetividade de quem constrói, pela seleção (ainda que imparcial, segundo o texto) do que será contado e revelado.

O que será melhor, o que você acha? Devemos divulgar tudo, até mesmo segredos que podem dar a "inimigos" a chance de nos copiar, encurralar e superar? Por exemplo, toda a tecnologia bélica de um país deve estar disponível a todos, os investimentos, os projetos, as estratégias? Levando o tal "dever da verdade" a um extremo, a resposta pode ser "sim".

Ou não, melhor é escondermos o que não achamos essencial divulgar, melhor fazer uma coletânea de fatos e versões, escolhidas por quem sabe o que é mais vantajoso para nosso país, que vai preservar nossa soberania. Como evitar que se crie uma elite baseada no poder das informações (ocultas) nesse caso?


Weber nos traz perguntas relevantes neste tempos "sem ideologias", onde se acredita que a salvação da humanidade chegará via banda larga,

6 de jun. de 2011

De olho no rato


Sem dar notícias desde 2007, quando lançou o ótimo "We Were Dead Before The Ship Even Sank", o Modest Mouse, anunciou que está gravando  um disco novo e tem um produtor inesperado: BigBoi, do Outkast (leia a notícia).

A banda garantiu que não haverá rap no álbum. Duas novas faixas caíram na rede graças ao You Ain't No Picasso e já dão uma ideia de que o Modest Mouse não vai sair muito da sua linha musical. O difícil é definir o que eles fazem dentro do "rock alternativo". Com certeza há Pixies, The Velvet Underground e Tom Waits na equação, mas eles são uma das poucas bandas que têm personalidade e uma carreira que vale a pena.

Ouça aí embaixo as músicas novas:



Veja também o Isaac Brock (vocalista) falando sobre sua casa, o selo que ele dirige e tocando uma música nova (não sei o nome dessa) em sua sala de estar:



Monkees na mira do FBI


Achei no Dangerous Minds um relatório do FBI que mostra que até mesmo os mais coxinhas são capazes de transcender sua condição de salgadinho macio. Os Monkees (saiba mais), a primeira boy band montada por produtores a conquistar as ondas de rádio e televisão do mundo, têm um arquivo no FBI. Pasmem.

Para minha supresa, eles não eram agentes infiltrados. São chamados de "jovens que se vestem como 'beatniks'", que passam "mensagens subliminares de esquerda" no telão de seu show. As tais mensagens são imagens de revoltas em Berkeley (na Califórnia, meca da esquerda americana dos anos 60 e 70), mensagens anti-Guerra do Vietnã. e de "revoltas raciais em Selma, no Alabama". Mais interessante é a observação de que esse "conteúdo" foi recebido de maneira "desfavorável pelo público".

Segundo o relatório, a investigação foi de 26/3/1967 a 21/6 do mesmo ano. Ou seja, os caras passaram quase três meses atrás dos Monkees. Não sei se era paranoia desnecessária ou se eles eram realmente subversivos. Algo difícil de imaginar para uma banda que era o Restart dos anos 60. Ou talvez ainda haja esperança para o Restart, que pode acabar virando um Clash coxinha, quem sabe?

3 de jun. de 2011

A verdade da semana


Deixe-me em paz. 
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2 de jun. de 2011

Alice Cooper diz que Lady Gaga é "filha desobediente"


Muito simpático e falante, o mestre do hard rock  e das encenações no palco está no Brasil para shows este mês e eu falei com ele por telefone para a Folha. Já treinado para falar com a imprensa, ele hesitou pouco, mas soltou essa sobre a Lady Gaga (e a Shakira) que eu ainda não havia lido em lugar nenhum. Leia a matéria publicada no dia 2 de junho de 2011:


Alice Cooper diz que Lady Gaga é sua "filha desobediente"


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Música aletória

Ando muito seletivo para música e, assim, não estou mais conhecendo banda nova nenhuma. Por isso, hoje resolvi clicar em qualquer link que leve a uma canção desconhecida. Sem critério nenhum, sem pensar nem checar a procedência do artista no Google. Em apenas quinze minutos de experimento, já renovei um pouco a trilha sonora por estes lados, que andava limitada a The Black & White Years e Gustavo Cerati. Eis as duas descobertas que, por coincidência, oferecem mp3s grátis.
 
Indie pop entre Flaming Lips, Nada Surf e um pouco de shoegaze com:
Niels Nielsen

Distorção, rock direto e MC5 com:
Bass Drum of Death

1 de jun. de 2011

Batcafé


Acabei de tomar um capuccino igual a esse. Quase igual.