31 de jul. de 2012

A velha pergunta volta: É culpa do Batman?

Jason Bailey faz na The Atlantic a velha (e pertinente) pergunta que flutua depois da tragédia de Aurora, no Colorado: A culpa desse incidente é do Batman? Ou seja, a obscura e violenta série de filmes do homem-morcego induziu aquele rapaz perturbado a planejar e executar um plano de matanças?

Essa pergunta se repete toda vez em que vemos algum limite de civilidade sendo cruzado, para nosso choque. O videogame e o cinema sempre levam a culpa (o rock já esteve nessa posição), talvez por serem os dois principais arrecadores da indústria do entretenimento. Ou será que essas tais imagens violentas levam mesmo pessoas a fazerem o que aconteceu em Aurora? Será que a atuação de Heath Ledger como o Coringa puxou a balança de James Holmes para o lado da insanidade?

O artigo de Bailey opina que não, que apesar de muitas vezes as acusações se multiplicarem quando eventos dramáticos parecem estar vinculados a fenômenos culturais, essas manifestações em forma de filme, clipe ou game são nada mais do que espelhos de nós mesmos. O raciocínio é o de que a sociedade produz os indivíduos, que produzem a sociedade e arte que é parte dela. Estou com Bailey nessa.

Será que Goebbels, Georg Simmel e Guy Debord concordariam?

27 de jul. de 2012

Você perdeu essa semana

"Tesouro, o mundo um dia vai ser seu!"

- Dá para sentir o cheiro da chuva antes dela chegar.

- 11 perguntas e respostas sobre direitos autorais, Ecad e outras coisas do mal.

- Autoajuda na redação: 7 hábitos para jornalistas eficientes.

- O rock e o soul continuam a fazer amor: conheça JC Brooks and The Uptown Sound

- Sinal de que a idade está chegando: Tributo ao OK Computer (1997), do Radiohead.

25 de jul. de 2012

Chegou a vez dos anos 50

Escrevi no ano passado uma reportagem falando sobre a força que a tendência retrô tem ganhado nos últimos anos. Parece que o capacitor de fluxo do Dr. Emmet Brown não terá descanso tão cedo. Veja, por exemplo, essa faixa da banda estreante The Yearning. Cuspida e escarrada, é uma faixa de doo wop dos anos 50:


Já existia uma outra banda que bebe nessas fontes, os escoceses do Glasvegas. Mais roqueiros, dão um toque meio emo a melodias feitas a la Paul Anka:


Outro indício de que a onda retrô avançou outra década em direção ao Big Bang é o lançamento de "On The Road", filme baseado da obra homônima de Jack Kerouac, lançado em 1957.


Como não entendo de moda, ainda não sei identificar se a tendência é a mesma, mas imagino que sim. Mal posso esperar pelas próximsa lufadas de ar retrô. Anos 40, 30, 20? Chegaremos aos tempos bíblicos?

20 de jul. de 2012

Tira da sexta - Calote

Não vou nem tentar explicar essa tira nova do cartunista paulistano Calote. É impossível saber de onde vem ideias tão "sadias". Clique para aumentar.




Visite o blog do Calote: noprimeiroandar.blogspot.com.br

E leia a entrevista que fiz com o rapaz

19 de jul. de 2012

Se o Ray Charles fosse roqueiro


No começo de julho foi lançado o novo vídeo da banda britânica The Heavy. É o primeiro single do seu segundo disco, que vai se chamar "The Glorious Dead". A música do vídeo acima se chama "What Makes a Good Man", e na minha opinião, segue a linha musical do grupo, uma mistura de soul e rock. É como se o Ray Charles tivesse gravado com os Rolling Stones. Algo assim.


O The Heavy não chamou a atenção da crítica nem do público brasileiros, mas é uma banda com forte potencial para agradar a vários públicos e até para virar trilha sonora de comerciais espertinhos por aqui. Depois de uma sequência de cantoras imitando as divas do soul dos anos 60, a tendência agora parece ter se espraiado para os conjuntos. Exemplos disso são os próprios The Heavy, Alabama Shakes e a recém-saída do forno JC Brooks and The Uptown Sound. Qual será a próxima década a ser resgatada?